Sobre o Veículo
A tradução do nome Ranger, em claro português, é algo como patrulheiro ou guarda, ou seja, alguém que está sempre por perto policiando o perímetro, no caso seu dono. Acredito que esse foi o objetivo quando a Ford batizou sua picape lançada no mercado…
Sobre o Veículo
A tradução do nome Ranger, em claro português, é algo como patrulheiro ou guarda, ou seja, alguém que está sempre por perto policiando o perímetro, no caso seu dono. Acredito que esse foi o objetivo quando a Ford batizou sua picape lançada no mercado americano. Na realidade, estudos mostraram que havia espaço para uma picape abaixo da Série “F” (líder de vendas da marca e um dos carros mais vendidos do mundo até hoje), que tivesse dimensões menores, fosse mais leve e, principalmente, mais econômica e aerodinâmica, o que era importante durante a crise mundial do petróleo os anos 70.
Pesando cerca de 1.150 kg e com destacável Cx 0,45, a Ranger chegou em março de 1983 já como modelo 1984. Inicialmente oferecida só com cabine simples e dois tamanhos de caçamba (1,5 m e 1,8 m), a picape tinha possibilidade de dois motores a gasolina (2,0 e o nosso conhecido 2,3, que era produzido em Taubaté e exportado para equipar a picape fabricada nos EUA). Ambos vinham com câmbio manual de 4 marchas ou um automático, disponível como opcional para as unidades 2,3-litros. Pela demanda do mercado, alguns meses depois chegava a opção de tração 4×4 e dois motores novos: um 2.,2 Diesel e o 2,8 V-6 (2,9 a partir de 1986, quando deixou de ser a carburador e passou a usar a injeção eletrônica, um dos sinônimos de modernidade automobilística da época).
Após sofrer uma reestilização em 1989, a primeira geração se despedia em 1993, para dar lugar à segunda, totalmente renovada e ainda mais moderna. Essa segunda geração deu as caras no Brasil no Salão do Automóvel de 1994, e foi lançada oficialmente em fevereiro de 1995 em duas versões (XL de cabine simples e STX cabine estendida, com dois pequenos bancos traseiros retráteis), ambas já equipadas com um vigoroso motor V-6 4,0, freios ABS traseiros de série e cerca de 650 kg de capacidade de carga. Depois de algum tempo, chegava a versão intermediária XLT e, junto com ela, uma reformulação interna completa, com novas laterais de porta, painel, volante, instrumentação, entre outros. Na época, um dos destaques da Ranger era aliar muito bem o conforto, luxo e dirigibilidade dignos de um carro de passeio com a robustez de uma picape de trabalho, garantindo um grande diferencial com relação à concorrência.
Até então, a Ranger era produzida na fábrica de Dearborn, Michigan, nos EUA, e importada para a América Latina. Mas isso mudou em 1997, quando a picape ganhou também nacionalidade argentina, passando a ser produzida na fábrica de General Pacheco, região metropolitana de Buenos Aires. A primeira renovação visual depois da sua chegada ao Brasil veio para a linha 1998, quase que simultaneamente com o mercado dos EUA, e aqui foi onde a Ranger teve um realce no seu lado “bruto”: além do aumento considerável na altura do solo, ela carregava mais carga (até 1.100 kg dependendo da versão), passou a ser oferecida com uma legítima cabine dupla, e agora tinha opção de tração nas quatro rodas e motor Diesel para o mercado brasileiro.
Fonte: